quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Cidade pacata... ...Habitantes animados! PARTE 2


Se tem uma coisa que eu aprendi sobre esse povo do interior é que ele BEBE e BEBE MESMO sem dó nem piedade do figâdo. Minhas experiências com álcool eram escassas, não passavam de alguns copinhos assim em showns e festas, é eu era praticamente uma iniciante em meio á experts.
Já chegamos na tal formatura bebendo algumas cervejinhas, eu manero com a cerveja porque além de ser super amarga dá uma barriga de verme. Já enturmada com a galera agente começa a roubar comida porque no nosso caso era roubar mesmo já que ninguém tinha sido convidado pra festa.
Quando a comida começou a acabar a festa ficou chata eu fui comunicada que tava tendo outra festa na casa da comadre não sei quemzinha pela formatura da filha e que a bebida lá tava rolando juntamente com um churrasco. Quem faz churrasco pela noite me diga? Mas tudo bem. Festa é festa e até lata batendo eu vo atrás. E além do mais eu também já tava era mais pra lá do que pra cá (gente desacostumada é assim, tomou embebedou) eu tava era topando qualquer coisa. Subimos num pau-de-arara e fomos. Cabelos ao vento e eu não tava nem ligando (realmente a situação estava critica).
Chegando lá pra variar agente bebeu mais até que por meio de propagações das ondas sonoras chegou aos meus ouvidos que um tal de R estava afim de ¨me conhecer melhor¨. Á principio resisti, peraí eu tava beba, mas tava consciente esse R não era o mesmo que na hora da roda todas as meninas tavam comentando que tinha uma pegada pééééssima, daqueles que só pegam no tombo mesmo? Disse convictamente que não.
Porém, contudo, todavia depois de virar mais algumas doses de alguma coisa muito gostosa acabei cedendo, afinal ele me parecia bonitinho, eu tava numa seca braba e bem animadinha.
Jogaram agente num quintal e fecharam a porta. É meio que não teve muita conversa não ou se teve eu não lembro. Só sei que não foi tão ruim quanto eu esperava, o cara até que foi espertinho. Porém eu ODEIO GRUDE então sai logo e fui dançar lá e fofocar com as meninas e deixei o pobre coitado.
Quando eu penso que nada mais podia me acontecer naquela noite que já tinha sido bem proveitosa. Chega minha amiga com um amigo dizendo que ia levar agente pra outra festa de outra formada que tava rolando Dj. Se eu tivesse raciocinando pensaria: ¨PUTA MEU!3 festas numa só noite é realmente FANTASTICO pra esse find de mundo e o melhor de tudo. Tudo free, 0800, de graça. Lá na capital de graça nem ingeção na testa!¨ Mas como eu não estava raciocinando mesmo, eu fui me arrastando até o carro que diga de passagem que carro viu, com dvd, reabaixado, tudo nos conformes.
Fomos para a festa que na verdade tava era decepecionante, tocando os bregas dos bregas, uma onda pior que layrton e seus teclados. O jeito era voltar pra casa né? QUE NADA! Bora beber porque comer engorda e amar tá difícil! Esse amigo me arrumou uma tal de cortezana uma bebida doce, doce que te deixa beba que você nem sente e fomos conversar na varanda de um amigo dele. Que diga se de passagem parecia com Golem dos senhor dos anéis na versão balofa que até trebada eu consegui reparar na monstruosidade do rapaz. E nããããããõ! O pior de tudo a monstruosidade ainda tem me beijar! eu bêbada não meço minhas palavras e larguei mesmo:
¨Sai pra lá golem, que eu não sou seu anel precioso não¨
Depois disso, tudo fica preto e eu escrevo sob relatos descrevidos pela minha amiga.
Segunda ela quando o dia começou a nascer resolvemos voltar pra casa, quando eu senti o balanço do carro não deu outra vomitei, vomitei e vomitei tudinho enquanto nosso amigo segurava o meu cabelo.
Chegando em casa vomitei mais, escovei os dentes bebi água e apaguei.
No dia seguinte acordei vomitando e com uma dor de cabeça nunca antes sentida. Resultado: Era minha primeira ressaca.

domingo, 16 de novembro de 2008

Vivendo e Aprendendo.


Vivendo e Aprendendo.
Diário do típico adolescente com os hormônios a flor da pele:
¨Hoje acordei com uma vontade de ganhar o mundo, jogar tudo pro alto, uma vontade insaciável de fazer o mundo girar ao meu redor . Se a vida me levará ao céu ou ao inferno pouco me importa. Chegou a hora de provar tudo que existe.¨
Assim como os bebês que na fase de descoberta tem a necessidade de provar sentir os gostos e o sabores de cada coisa, de cair e levantar por si próprios os adolescentes também tem a necessidade de descobrir por si mesmos o que lhes faz bem ou faz mal. É uma fase onde tudo é novo, é como ganhar o mundo a cada descoberta. É uma descoberta individual é como aprender a andar, é uma coisa que temos que fazer sozinhos e onde cada descoberta pode ser comparada á imensidão prazerosa de um orgasmo.
Enquanto os pais vem com a velha ideologia do : ¨Quem aconselha amigo é.¨ Nós jovens rebatemos com: ¨Se conselho fosse bom, não se dava. Vendia-se.¨ Fazemos tanto caso aos pais quanto eles confiam na gente, ou seja, quase nada. O caso é que para nós adolescentes o mundo pode acabar a qualquer momento. É como se cada dia fosse eterno porém cada dia fosse o ultimo num paradoxo onde temos que aproveitar intensamente cada eternidade do nosso ultimo dia. Complexo não? Então pra que ouvir os conselhos medievais e clichés dos que se dizem mais experientes do que nós se aprender na prática é bem mais interessante e divertido do que aprender na teoria?
Além do mais o proibido é sempre mais gostoso. O erro é proibir, nem adianta o proibido sempre será dotado de um novo e irresistível encanto que desobedecer é tão tentador que pode ser comparado á ganhar o troféu de uma final nacional. É um jogo de poderes entre pais e filhos onde em nossas mentes malignas sempre nos ocorre pensamentos como: ¨A você pensou que podia me segura não é ? Ta por fora, já foi-se o tempo¨. Auto afirmação essa que todos os adolescentes buscam na estrada para tão sonhada independência.
Não adianta proibir, prender só aconselhar. A vida ensina e só aprende quem faz. Então só depois de passar por experiências inescrupulosas de todos os tipos o jovens aprendem, amadurecem e crescem. Assim é a vida. Sempre estão nos dizendo o que fazer e que caminho seguir o que resta saber é se vamos preferir ouvir ou descobrir por si sós.

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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Cidade pacata... ...Habitantes animados!


" Seja bem vindo á Itapicuru "

E lá estava eu esperando o pior. Logo que eu cheguei foi aquela festa!

- Amiga não acredito que você está aqui!

É nem eu acreditava.

- Nossa você ta linda! Vem vamos aqui no meu quarto colocar suas coisas aqui! Vá logo tomar banho que á noite temos uma formatura pra ir! Sabe eu não fui convidada mas minha mãe foi e você sabe né que festa de interior a cidade toda comparece! Então vai logo que eu sei que você de mora de se arrumar.

Oww! Peraí muita informação em pouco tempo. Para a fita e rebobina. Aliás fita não que já tá ultrapassado. Bota o Dvd pra da o replay. Como assim formatura? Eu não tinha levado roupa formal ALÔÔ será que ninguém me respeita mais ao ponto de me avisar que eu precisaria de roupa formal? E como assim eu mal chego na cidade onde aparentemente não passa nem vento e já me aparece um programa pra fazer á noite. Já estava morrendo de tédio em Salvador porque não achava NADA pra fazer e olhe que é a capital e venho pra esse finzinho de mundo e já chegando me arrumando pra uma formatura! Era bom demais pra ser verdade.

- Não! Não precisa ser formal não pões qualquer roupa aí que ninguém vai notar! Heloooo! Agente não ta em Hollywood minha filha! Agente tá é bem longe disso aqui é ITAPICURUCITY!

Se a dona da casa tava dizendo quem sou eu pra discordar né?

Pus uma saia balonê curtinha uma blusinha branca é um saltinho básico. Tava de escova mesmo então nem me preocupei tanto com o cabelo. No mais maquiagem básica e vôalá estava pronta. Minha amiga tava com um vestido arrumadinho mais nada demais o que me confortava.

Combinamos antes de ir á festa dar uma passada na praça pra conhecer á galera e eu me enturmar. Cheiguei lá com aquela sensação que todo mundo tem quando chega em algum lugar desconhecido, aquela que você pensa que tá todo mundo te olhando como se você fosse um pedaço de carne nova no açougue e daquelas do tipo importada. Entre cochiços e olhares eu andava atravessando ponta a ponta a praça com desejo de enfiar a cara na areia que nem um avestruz. Enfiem a caminhada que parecia interminavel chegou ao fim e paramos em frente a um grupo de jovens num canto da praça.

É aquela coisa de sempre né?

-Galera essa é minha amiga

-Amiga essa é minha galera.

Á principio todos te analisam e você fica lá aparte até porque você não conhece e não faz idéia do que eles tão falando mas depois você vai se integrando.

Peguei uma parte da conversa onde diziam que a ultima amiga que a minha amiga havia trazido, tinha pegado geral e ficado com uma péssima fama, senti que esse comentário foi meio maldoso, tavam em duvida de se eu seria a nova galinha da cidade que veio cacarejar no interior.

Desde já coloquei minha cabeça no lugar " Seja forte, se controle nada de promiscuosidades"

Depois de alguma horas de fofocas aparte, onde eu escutava e não me manifestava. Porque nessas horas você tem que escutar mesmo pra se por em dia com os acontecimentos da cidade e principalmente pra saber o que deve-se ou não fazer pelas experiências alheias, decidiram descer pra formatura onde estariam respectivamente : a musica, os quitutes e a CACHAÇA.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Um reveillon Beeeeem Diferente!


A primeira etapa do meu começo de ano era planear minha virada de ano. Após de analisar varias propostas e convites optei em passar com minha amiga de infância (aquelas que praticamente nasceram com você) pois fazia 1.000 anos que não passava muito tempo com ela, pois ela sempre passava férias no interior dela ou seja como eu planeava BEM longe das pessoas de sempre.

Minha historia com ela é bem peculiar, nossas mães fizeram as mesmas faculdades, se casaram com homens de nomes iguais com irmãos de nomes iguais, engravidaram na mesma época consequentemente deram a luz na mesma época e nos tiveram na mesma época. Na infância sempre fomos muito ligadas mas desencontros da vida fizeram com que nos afastássemos mais. Porém o sentimento continua o mesmo pelo menos da minha parte.

Voltando ao quesito reveillon o combinado foi que a mãe dela passaria para me buscar pois ela estava de passagem em Salvador para fazer uma escova progressiva e levaria junto com ela 2 dias antes da grande virada de ano.

Dito e feito a cuja passou aqui em casa, tricotou um pouco com minha avó e colocamos o pé na estrada: eu, ela e o motorista.

O interior fica lá no fim do mundo da Bahia que eu nem sei explicar onde é. Viagem longa e cansativa. Pro motorista porque eu apaguei e dormi quase o percurso inteirinho. Entranho, não me sentia ansiosa nem nada, dormia como um bebê grande e gordo. Acordei já na porta de cidade que dizia : "Seja Bem Vindo a Itapicuru", não espero que ninguém conheça, me surpreenderia se alguém conhecesse. Um interior bem pequeno do tipo que se tem uma praça, um clube e um banco. A diversão do povo é ficar na porta tomando um sereno e jogando conversa fora ou então se arrumar e ira a igreja tardinha vê a missa, essas simplicidades que só se vê no interior, bem diferente de grandes cidades mesmo. Pensei comigo mesma: " Que porra eu to fazendo aqui. Já vi que me meti numa barca furada".

Aí que eu me enganava....

domingo, 5 de outubro de 2008

Começando bem! Será mesmo?



Em meus 16 anos de vida não consigo me lembrar de uma virada de ano que tenha sido marcante. Aqueles típicos reveillons de família. Reune a galera toda na casa de algum infeliz que faz todo o trabalho da comida, bebida e convidar os acomodados para bagunçar a casa e no dia seguinte acordar ressaquiado ainda com o trabalho de lavar a enorme pilha de louça suja e varrer a baderna e lixaria da casa. No meu caso era minha mãe a infeliz e eu de quebra pagava o pato pra variar. Ficavamos todos em frente a Tv assistindo a gontadem regressiva da Globo ao som da musica lendária (porque aquela musica ja é de lei loco não muda nunca hein) " Hoje é um novo dia de um novo tempo que começou"
Desejando no meu mais profundo e obscuro consciente está não vendo a queima de fogs e os megas shows pela TV e sim ao vivo rodeados dos artistas globais.
Mas não eu tinha que está rodeada de gente da 3 idade (tá bom nao era 3 idade, tavam na faixa dos 40 pra baixo) pra no final da noite ir pular 7 ondinhas na praia do lixo, porque loco vou te dizer nunca vi praia mais fedida que aquela e depois beber um copo de champagne pra nao dormir de bico seco.
Programinha de índio hein? Ops nem isso eu posso dizer pois seria muito preconceituoso da minha parte e eu aposto que os índios devem ter até um reveillon melhor que esse nas loucuras, gritarias e orgias loucas que eles fazem em volta da fogueira.
Mas eu estava decidida a no ano de 2008 começar o ano de uma forma muito mas muito mais agradavél que isso. Esse ano tudo ia ser diferente a começar pelo meu Reveillon.
Nada de programinhas chatos com os intelectualoides amigos da minha mãe e nem pensar em passar o reveillon com meu pai e sua família composta de tias velhas, encalhadas e fofoqueiras.
Apartir de agora o meu reveillon era meu e so meu, e eu decedia onde como e com quem iria passar. De preferência bem longe de gente que eu conheçia. Em 2008 eu quiz tudo novo, pessoaas novas. Brindar a um novo começo.

sábado, 4 de outubro de 2008

Bye bye 2008


Sabe aquelas noites que a insônia toma conta de você?
Que por mais que você vire e revire na cama num giro de 360 graus, nada do que você faça, nenhuma posição que você adote, nada, nadinha faz você pegar no sono?
Pois é! Foi em uma dessas noites que eu me peguei fazendo um flashback do meu ano. Me dei conta que o ano mais louco e confuso da minha vida está chegando ao fim.
Esse ano, QUE ANO diga-se de passagem, foi o ano de descobertas: corpo e alma.
Sinto que nunca me conheci tanto e ao mesmo tempo tivesse tanto a conhecer.
Neste ano eu tentei conquistar o mundo em 360 dias. Sentir todos os sabores, prazeres, dores, alegrias enfim tudo que o mundo podia me propocionar.
Tratei a vida como se fosse minha seiva bruta de onde tinha que sugar todo nutriente possivel.
Esse foi meu ano de inconsequências, intolerâncias de extrapolar todos os limites.
Viver cada dia como se fosse o ultimo.
Num piscar de olhos ele passou e ja deixou saudades.
Ta afim de dividi-lo comigo?
Aliás você não tem escolha mesmo.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Amores Desastrosos




Ta eu não tenho tanta experiência com relacionamentos. Na verdade minhas experiências com relacionamentos duradouros são nulas. Meu único relacionamento que levou o nome namoro durou dois dias e foi com um pirralho que eu nem me lembro mais o nome.
Sou do tipo garota do sex and the city sabe. É acho que to me sentindo uma Carrie com tudo isso de blog, sem contar na noite passada que dei um virote lendo o livro Sex and the city e me identifiquei muito com as garotas. Super bem sucedidas na carreira mas inconstantes quando tratam de amor, vivem sempre fugindo de um relacionamento, e quando realmente querem ter um é o relacionamento que foge delas. E ficam nessa de "eu pego mais não me apego" e finge gostar disso quando na verdade nos seus subconscientes o que mais querem é alguém que cuide delas. Ta to parecendo uma psicóloga analisando personagens ficcionarios de uma cronista inglesa, mas às vezes é legal tentar decifrar pessoas quando na verdade quem você quer decifrar é você mesma.
Pra ser sincera sempre tive gostos peculiares. Meu coração, se é que possuo um porque como diz meu pai eu sou mais fria do que o ponto de condensação da água, sempre foi bem burrinho.
Minha história amorosa se resume a um alcoólatra, um narcisista e um maconheiro e tenho até medo do que vem por aí pela frente quem sabe não venha por ai um traficante dono de boca de fumo.
Sabe estou cansa de ter que competir com coisas inanimadas. Na minha primeira aventura amorosa tinha que competir com os barzinhos de lei dias de sexta feira e ainda agüentar porres ao telefone na madrugada e pra no final de longos meses de luta viajar á estudos e ser trocada por uma loira, é uma loira do tipo que não é uma loira gelada, uma loira bem matusquela e comum. Ta foi difícil de superar as ilusões e planos como casamento, filhos e viagens futuras, afinal o primeiro "amor", ou seja, lá o que venha sido aquela experiência catastrófica agente nunca esquece. Mas depois do carnaval e verão de Salvador tudo é esquecível. E não ainda não quero comentar sobre o meu carnaval e verão daquele ano. Resumo em dizer que foi a melhor terapia pós relacionamento furado.
Dois anos passados. Passada minha fase pós pé na bunda e arrasadoras de corações e já cansada de ferir os outros assim como fui ferida resolvi deixar me levar novamente pelo o que os outros chamam por aí de sentimento. E foi numa dessas festinhas de verão, claro sempre tem que ser no verão, o calor envolve as pessoas de um jeito inexplicável, mas voltando a festinha de verão, conheci um menino, desses do tipo bonitinho sem nada na cabeça, os novos playssons cariocas, aqueles do tipo amigo do seu amigo que já namorou com sua amiga com quem você acaba ficando mais pelo embalo do verão do que por nada. Quando você viu já foi. Esse relacionamento foi mais curto, até porque uma hora você cai na real quando percebe que o coração do gato já tem dono: Ele mesmo. E que ele é tão vazio e fútil que consegue ser mais fútil que você e já difícil ter que aturar você mesma. Você para e pensa:
"Em que porra eu tava pensando? O cara é burro, se acha e ainda te dá um bando de pé de chifre e você fazendo papel de idiota! Você é realmente uma idiota!". Depois dessa reflexão não da pra continuar insistindo no erro. Afinal beleza não Poe mesa, ta bom que abre apetite, mas não da sobremesa. Relacionamento acabado. E facilmente superado. Ta bom que não era amor, ele só era muito gato mesmo. Tipo de revista, artista global que não se encontra todo dia. Aquele que você pode se gabar com suas amigas no orkut:
“Ta vendo ai amiga já peguei”.
Mas como sempre dizem que um amor cura o outro. É hora de tentar inovar né? Quem sabe um daqueles caras cabeça aberta. Estilo natureza, reggae e vida com amor, esse tipo de cara deve ser mais sensível e carinhoso né?
Vai com calma docinho não é nada disso que você está pensando. Os maconheiros são uma onda ainda pior que os alcoólatras. No começo vão te trata como uma diva será “Jah no céu e você na terra”, mas quando você menos esperar e mais rápido do que você imaginava eles vão te trocar por uma “pitilhada” básica com os amigos ou um fim de semana inteiro na aldeia hippie “só de borest” enquanto você fica em casa imaginando que tipo de orgia louca eles estão fazendo e imaginar isso te dá nojo. Além do mais o maravilhoso e carinhoso e ambientalmente correto do seu gatinho ainda vai esquecer do seu aniversario de namoro, do seu aniversario e do próprio aniversario dele e logo você percebe que parece que está empurrando um relacionamento com uma criança de cinco anos que vê graça em tudo e não leva nada á serio. Realmente essa onda de se drogar e curtir a vida não são pra você que esta caminhando para a estrada da maturidade pelo menos é o que esperam de você. O que você pensa que era amor se desgasta e só ficam as boas recordações de momentos na praia vendo ele surfar, crises de risos com viagens malucas que só ele tinha, absurdos que só ele te dizia, planos quem ambos faziam juntos parecendo duas crianças ingênuas, não da pra sentir raiva dele, ele não tem culpa, provavelmente metade dos neurônios já morreram e a outra metade que restou vai morrer antes de você se casar e ter filhos. Quem sabe um dia ele amadureça perceba que a vida não é só uma viagem louca da qual nunca sairemos vivos e que às vezes é bom sim ter um pouco de responsabilidade pra variar ou talvez não talvez ele nunca se de conta. O caso é que você não ta ligando muito pra isso agora, depois que se acaba um relacionamento o ultimo que se quer fazer é pensar nele. Só traz nostalgia afinal qualquer momento bom e lindo é valido e você está naquele momento frágil e carente. Alguns más noites com a cabeça enterrada no travesseiro e ouvindo aquelas musicas melosas que você sempre ouve quando ta numa deprê e que com certeza vão te deixar numa deprê maior ainda. Numa dessas noites eu pensei bem sobre todos esses relacionamentos furados e risórios. E cheguei à conclusão de que melhor que ser trocada por cachaça, espelho e erva é ser uma das gatas desejadas do sex and the city sempre pulando de festa em festa se envolvendo com os solteiros mais cobiçados de New York, ta bom que nunca da em nada e nunca estão satisfeitas com seus relacionamentos, mas eu não as vejo reclamando afinal ela não tem um relacionamento, mas são bonitas, ricas, inteligentes, bem sucedidas, e de um jeito ou de outro tem tudo o que querem, alem de terem vários puxas sacos tem umas as outras e nem se dão o trabalho de se preocupar se o carinha com quem acorda ao lado vai desapontar suas expectativas e se tornar um crápula porque sinceramente já não há expectativas ele é apenas mais um affair que pode ser comparado a um filme de comedia romântica num domingo à tarde, ta legal pra se divertir e se distrair por algumas horas principalmente num domingo onde não tem nada passando na TV a não ser o programa ridículo do Gugu ou do Faustão, mas sua vida nunca se resumirá a um domingo à tarde. O domingo a tarde será só o começo da sua semana.

Desastres Familiares

Sabe aquelas festas de família que você nunca ta a fim de ir porque sabe que a galera da sua geração não vai ta lá e você tem a certeza de que vai ter que ficar batendo aqueles papos clichês com suas tias de como vai a sua vida e como voe cresceu e como você era gorda e desajeitada quando você era menor? É o tipo de festa que você vai por obrigação familiar porque você sabe que não vai ter nada lá pra você. Fala sério você também né? Não me diga que só eu tenho que passar por isso!! Bom uma quantidade considerável de gente ainda tem a sorte de ter pais que não te dão à opção de ir ou não ir principalmente a um sábado a noite que você tem coisas mais interessantes a fazer do que ir a esse antro de fofoca da terceira idade. E se você não tiver é até mais preferível ficar em casa assistindo o tele cine ou o zorra total (que pra ser sincera é uma merda). Mas a outra quantidade de gente que restou (me incluindo nesse grupo) infelizmente não possui pais tão compreensivos assim e são obrigados a ir e mostrar presença:
“Ô minha filha família é família, nós temos que ir" e daí o papo se estende para o lado dramático de que a família são as únicas pessoas que sempre estarão ao seu lado e todo esse blá blá blá meloso. Nessas circunstâncias o melhor é fechar o bico se conformar e ir mesmo.
Em minha opinião os casamentos são os piores. Principalmente se sua família mora no interior e você é obrigado a se arrumar todo passar 1 hora na estrada chegar lá toda amassada pra absolutamente nada.
Nessas e outras que sábado passado fui obrigada a ir a uma dessas infelicidades que acontecem na vida de toda adolescente "sortuda".
Após de passar a manha inteira no salão me arrumando para o "tão esperado evento". Bom disso eu não reclamo. Como toda garota vaidosa da minha idade passar horas e horas no salão sempre é prazerosa e o melhor de tudo não sou eu que estou pagando. O que não é nada bom é ter a sensação de sair do salão como uma verdadeira diva e ter a certeza de que após de tantas horas se embelezando ninguém que vala a pena vai apreciar.
Pela tarde tem sempre aquela duvida cruel da roupa, mesmo sendo uma festa de família você tem que ir arrumadinha né? Ta bom que você no fundo sabe que não vai rolar nada pra você aquela noite, mas assim quem sabe você não da sorte de deus ta a seu favor essa noite e na família da noiva ter algum gatinho ou quem sabe talvez até mesmo um garçom bonitinho, parece desespero mais nessas festas realmente temos que apelar para tudo. Além do mais você não quer dar motivo pra nenhuma de suas tias fofoqueiras falarem de você. São aquelas mesmas que você faz a maior festa do mundo onde não está faltando absolutamente nada e ela ainda sai falando:
"'A não gostei da festa não. Eu pedi um suco de lima e não tinha! Como é possível que não tivessem um suco de lima pra me dar?"
E não me diga que não tem uma tia assim. Não é possível que só eu tenha que pagar pelos meus pecados passados. Bom após alguns longos minutos meditando optei pelo pretinho básico mesmo, afinal é bonito, emagrece e a festa nem ia ser lá essas chiquezas todas mesmo.
Cabelo, unha, maquiagem, roupa e sapatos postos hora de pisar na tábua e pegar o caminho da roça (literalmente falando). Após passar a viagem inteira se dormindo escorando no ombro do seu primo (aquele primo legalzinho que dá até pra bater um papinho) e uma hora e meia de viagem você apercebe que está chegando e como calculado seu cabelo já está bagunçado pelo vento, sua maquiagem borrada e sua cara inchada, pois você acabara de acordar. Você solta do carro e tenta melhorar o que pode colocar aquele sorriso falso no rosto e se joga as leoas (suas tias).
A coisa só começa a melhorar quando você é calorosamente recepcionada por sua tia inconveniente:
“Você veio minha filha? Ô você sempre foi gordinha né?” Pronto sua alto estima vai lá embaixo após um mês de dieta você ainda é obrigado a ouvir isso. Nunca pense que não pode ficar pior e não se esqueça isso é só o começo de uma longa noite que vem pela frente. Mas nessas horas você apenas sorri e segue em frente em busca de um lugar pra sentar na igreja. Casamentos sempre é um porre quase uma hora de falação pra um fim comum:
“Blá blá blá amar te respeitar-te até que a morte nos separe” sem contar o tempo que você tem que ficar de pé com a mão estirada abençoando os noivos os dedos sempre formiga no final. Por isso que eu não vou me casar. Pelo menos não assim. Terminada toda a cerimônia, e as lagrimas de crocodilo das suas tias que devem ta é chorando porque não vão perder o prazer de dizer por ai que você nunca ia desencalhar e no caso teriam o destino parecido com o delas e provavelmente quando terminar o casamento vai acabar dizendo que seu noivo não era bom o bastante e a família dele é desequilibrada você vai para a “animada recepção” com todos aqueles quitutes maravilhosos que você não quer nem conta porque está de dieta, mas mesmo assim pensa que é uma pena, pois a única coisa gostosa que se tem a fazer em momentos como esse é comer ainda mais quando você percebe que o seu primo gatinho que você sempre acaba se agarrando pelos cantos (escondida da família), sua única distração, não veio ou pior veio e com a namorada.
De qualquer jeito você vai pra tal recepção afinal que escolha você tem? Não tem pra onde fugir mesmo. Lá nem dançar você pode porque pra essas festas o dj parece ter sido escolhido por sua bisavó e ter saído da escoria da humanidade. Após passar alguns minutos analisando sua patética situação você perde todas as esperanças ao perceber que o único gatinho solteiro da festa é gay e o pior está acompanhado do gatão. O restos dos convidados se resumem a crianças correndo pelo salão, casais e velhos e suas tias num canto como de costume falando mal da vida alheia. Como você não ta nem um pouco a fim de brincar de pega a pega com as crianças nem se juntar com suas tias, pois afinal você sabe que vai acabar sobrando pra você ou muito menos dar em cima do gay acompanhado você vai recorre ao telefone pra buscar suporte de alguma amiga e contar todo seu drama, mas infelizmente seu plano fale quando você se da conta de que é um sábado à noite e suas amigas tem coisa melhor a fazer e devem estar em situações muito melhores que você uma hora dessas. Quando parece que nada pode ficar pior vem à temida hora de jogar o buquê e seu pai sempre dando uma de engraçadinho após umas biritinhas grita em alto e bom som:
“Vai minha filha, vê se desencalha” acompanhado dos risinhos de suas tias e suas primas invejosas acompanhadas que costumam a dizer por ai que você é uma devassa só por você sempre ter sido solteira e feliz. Mas o bom é entrar na brincadeira você já ta na merda mesmo o que mais fazer? Brincar de pegar o buquê. Mas como o esperado nem o buquê você consegue pegar porque uma desconhecida com alguns muitos quilos a mais se joga na sua frente parecendo uma sapa desesperada e dá uma grande gargalhada:
“A peguei! Agora eu desencalho”.
A claro. Daí você pensa. Podia ser pior você poderia ser essa sapa.
Depois dessa cena deplorável, você já esta um lixo, só te resta um ultimo consolo, o garçom passa com uma bandeja de champagne você olha pra o copo e percebe que é recíproco, os dois se apaixonam. É você já tem sua companhia pro resto da noite. Mesmo sabendo das grandes chances de você ficar de porre e ser alvo dos cruéis comentários da família. Melhor correr o risco afinal você sempre foi a ovelha negra da família mesmo.