segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Amores Desastrosos




Ta eu não tenho tanta experiência com relacionamentos. Na verdade minhas experiências com relacionamentos duradouros são nulas. Meu único relacionamento que levou o nome namoro durou dois dias e foi com um pirralho que eu nem me lembro mais o nome.
Sou do tipo garota do sex and the city sabe. É acho que to me sentindo uma Carrie com tudo isso de blog, sem contar na noite passada que dei um virote lendo o livro Sex and the city e me identifiquei muito com as garotas. Super bem sucedidas na carreira mas inconstantes quando tratam de amor, vivem sempre fugindo de um relacionamento, e quando realmente querem ter um é o relacionamento que foge delas. E ficam nessa de "eu pego mais não me apego" e finge gostar disso quando na verdade nos seus subconscientes o que mais querem é alguém que cuide delas. Ta to parecendo uma psicóloga analisando personagens ficcionarios de uma cronista inglesa, mas às vezes é legal tentar decifrar pessoas quando na verdade quem você quer decifrar é você mesma.
Pra ser sincera sempre tive gostos peculiares. Meu coração, se é que possuo um porque como diz meu pai eu sou mais fria do que o ponto de condensação da água, sempre foi bem burrinho.
Minha história amorosa se resume a um alcoólatra, um narcisista e um maconheiro e tenho até medo do que vem por aí pela frente quem sabe não venha por ai um traficante dono de boca de fumo.
Sabe estou cansa de ter que competir com coisas inanimadas. Na minha primeira aventura amorosa tinha que competir com os barzinhos de lei dias de sexta feira e ainda agüentar porres ao telefone na madrugada e pra no final de longos meses de luta viajar á estudos e ser trocada por uma loira, é uma loira do tipo que não é uma loira gelada, uma loira bem matusquela e comum. Ta foi difícil de superar as ilusões e planos como casamento, filhos e viagens futuras, afinal o primeiro "amor", ou seja, lá o que venha sido aquela experiência catastrófica agente nunca esquece. Mas depois do carnaval e verão de Salvador tudo é esquecível. E não ainda não quero comentar sobre o meu carnaval e verão daquele ano. Resumo em dizer que foi a melhor terapia pós relacionamento furado.
Dois anos passados. Passada minha fase pós pé na bunda e arrasadoras de corações e já cansada de ferir os outros assim como fui ferida resolvi deixar me levar novamente pelo o que os outros chamam por aí de sentimento. E foi numa dessas festinhas de verão, claro sempre tem que ser no verão, o calor envolve as pessoas de um jeito inexplicável, mas voltando a festinha de verão, conheci um menino, desses do tipo bonitinho sem nada na cabeça, os novos playssons cariocas, aqueles do tipo amigo do seu amigo que já namorou com sua amiga com quem você acaba ficando mais pelo embalo do verão do que por nada. Quando você viu já foi. Esse relacionamento foi mais curto, até porque uma hora você cai na real quando percebe que o coração do gato já tem dono: Ele mesmo. E que ele é tão vazio e fútil que consegue ser mais fútil que você e já difícil ter que aturar você mesma. Você para e pensa:
"Em que porra eu tava pensando? O cara é burro, se acha e ainda te dá um bando de pé de chifre e você fazendo papel de idiota! Você é realmente uma idiota!". Depois dessa reflexão não da pra continuar insistindo no erro. Afinal beleza não Poe mesa, ta bom que abre apetite, mas não da sobremesa. Relacionamento acabado. E facilmente superado. Ta bom que não era amor, ele só era muito gato mesmo. Tipo de revista, artista global que não se encontra todo dia. Aquele que você pode se gabar com suas amigas no orkut:
“Ta vendo ai amiga já peguei”.
Mas como sempre dizem que um amor cura o outro. É hora de tentar inovar né? Quem sabe um daqueles caras cabeça aberta. Estilo natureza, reggae e vida com amor, esse tipo de cara deve ser mais sensível e carinhoso né?
Vai com calma docinho não é nada disso que você está pensando. Os maconheiros são uma onda ainda pior que os alcoólatras. No começo vão te trata como uma diva será “Jah no céu e você na terra”, mas quando você menos esperar e mais rápido do que você imaginava eles vão te trocar por uma “pitilhada” básica com os amigos ou um fim de semana inteiro na aldeia hippie “só de borest” enquanto você fica em casa imaginando que tipo de orgia louca eles estão fazendo e imaginar isso te dá nojo. Além do mais o maravilhoso e carinhoso e ambientalmente correto do seu gatinho ainda vai esquecer do seu aniversario de namoro, do seu aniversario e do próprio aniversario dele e logo você percebe que parece que está empurrando um relacionamento com uma criança de cinco anos que vê graça em tudo e não leva nada á serio. Realmente essa onda de se drogar e curtir a vida não são pra você que esta caminhando para a estrada da maturidade pelo menos é o que esperam de você. O que você pensa que era amor se desgasta e só ficam as boas recordações de momentos na praia vendo ele surfar, crises de risos com viagens malucas que só ele tinha, absurdos que só ele te dizia, planos quem ambos faziam juntos parecendo duas crianças ingênuas, não da pra sentir raiva dele, ele não tem culpa, provavelmente metade dos neurônios já morreram e a outra metade que restou vai morrer antes de você se casar e ter filhos. Quem sabe um dia ele amadureça perceba que a vida não é só uma viagem louca da qual nunca sairemos vivos e que às vezes é bom sim ter um pouco de responsabilidade pra variar ou talvez não talvez ele nunca se de conta. O caso é que você não ta ligando muito pra isso agora, depois que se acaba um relacionamento o ultimo que se quer fazer é pensar nele. Só traz nostalgia afinal qualquer momento bom e lindo é valido e você está naquele momento frágil e carente. Alguns más noites com a cabeça enterrada no travesseiro e ouvindo aquelas musicas melosas que você sempre ouve quando ta numa deprê e que com certeza vão te deixar numa deprê maior ainda. Numa dessas noites eu pensei bem sobre todos esses relacionamentos furados e risórios. E cheguei à conclusão de que melhor que ser trocada por cachaça, espelho e erva é ser uma das gatas desejadas do sex and the city sempre pulando de festa em festa se envolvendo com os solteiros mais cobiçados de New York, ta bom que nunca da em nada e nunca estão satisfeitas com seus relacionamentos, mas eu não as vejo reclamando afinal ela não tem um relacionamento, mas são bonitas, ricas, inteligentes, bem sucedidas, e de um jeito ou de outro tem tudo o que querem, alem de terem vários puxas sacos tem umas as outras e nem se dão o trabalho de se preocupar se o carinha com quem acorda ao lado vai desapontar suas expectativas e se tornar um crápula porque sinceramente já não há expectativas ele é apenas mais um affair que pode ser comparado a um filme de comedia romântica num domingo à tarde, ta legal pra se divertir e se distrair por algumas horas principalmente num domingo onde não tem nada passando na TV a não ser o programa ridículo do Gugu ou do Faustão, mas sua vida nunca se resumirá a um domingo à tarde. O domingo a tarde será só o começo da sua semana.

Desastres Familiares

Sabe aquelas festas de família que você nunca ta a fim de ir porque sabe que a galera da sua geração não vai ta lá e você tem a certeza de que vai ter que ficar batendo aqueles papos clichês com suas tias de como vai a sua vida e como voe cresceu e como você era gorda e desajeitada quando você era menor? É o tipo de festa que você vai por obrigação familiar porque você sabe que não vai ter nada lá pra você. Fala sério você também né? Não me diga que só eu tenho que passar por isso!! Bom uma quantidade considerável de gente ainda tem a sorte de ter pais que não te dão à opção de ir ou não ir principalmente a um sábado a noite que você tem coisas mais interessantes a fazer do que ir a esse antro de fofoca da terceira idade. E se você não tiver é até mais preferível ficar em casa assistindo o tele cine ou o zorra total (que pra ser sincera é uma merda). Mas a outra quantidade de gente que restou (me incluindo nesse grupo) infelizmente não possui pais tão compreensivos assim e são obrigados a ir e mostrar presença:
“Ô minha filha família é família, nós temos que ir" e daí o papo se estende para o lado dramático de que a família são as únicas pessoas que sempre estarão ao seu lado e todo esse blá blá blá meloso. Nessas circunstâncias o melhor é fechar o bico se conformar e ir mesmo.
Em minha opinião os casamentos são os piores. Principalmente se sua família mora no interior e você é obrigado a se arrumar todo passar 1 hora na estrada chegar lá toda amassada pra absolutamente nada.
Nessas e outras que sábado passado fui obrigada a ir a uma dessas infelicidades que acontecem na vida de toda adolescente "sortuda".
Após de passar a manha inteira no salão me arrumando para o "tão esperado evento". Bom disso eu não reclamo. Como toda garota vaidosa da minha idade passar horas e horas no salão sempre é prazerosa e o melhor de tudo não sou eu que estou pagando. O que não é nada bom é ter a sensação de sair do salão como uma verdadeira diva e ter a certeza de que após de tantas horas se embelezando ninguém que vala a pena vai apreciar.
Pela tarde tem sempre aquela duvida cruel da roupa, mesmo sendo uma festa de família você tem que ir arrumadinha né? Ta bom que você no fundo sabe que não vai rolar nada pra você aquela noite, mas assim quem sabe você não da sorte de deus ta a seu favor essa noite e na família da noiva ter algum gatinho ou quem sabe talvez até mesmo um garçom bonitinho, parece desespero mais nessas festas realmente temos que apelar para tudo. Além do mais você não quer dar motivo pra nenhuma de suas tias fofoqueiras falarem de você. São aquelas mesmas que você faz a maior festa do mundo onde não está faltando absolutamente nada e ela ainda sai falando:
"'A não gostei da festa não. Eu pedi um suco de lima e não tinha! Como é possível que não tivessem um suco de lima pra me dar?"
E não me diga que não tem uma tia assim. Não é possível que só eu tenha que pagar pelos meus pecados passados. Bom após alguns longos minutos meditando optei pelo pretinho básico mesmo, afinal é bonito, emagrece e a festa nem ia ser lá essas chiquezas todas mesmo.
Cabelo, unha, maquiagem, roupa e sapatos postos hora de pisar na tábua e pegar o caminho da roça (literalmente falando). Após passar a viagem inteira se dormindo escorando no ombro do seu primo (aquele primo legalzinho que dá até pra bater um papinho) e uma hora e meia de viagem você apercebe que está chegando e como calculado seu cabelo já está bagunçado pelo vento, sua maquiagem borrada e sua cara inchada, pois você acabara de acordar. Você solta do carro e tenta melhorar o que pode colocar aquele sorriso falso no rosto e se joga as leoas (suas tias).
A coisa só começa a melhorar quando você é calorosamente recepcionada por sua tia inconveniente:
“Você veio minha filha? Ô você sempre foi gordinha né?” Pronto sua alto estima vai lá embaixo após um mês de dieta você ainda é obrigado a ouvir isso. Nunca pense que não pode ficar pior e não se esqueça isso é só o começo de uma longa noite que vem pela frente. Mas nessas horas você apenas sorri e segue em frente em busca de um lugar pra sentar na igreja. Casamentos sempre é um porre quase uma hora de falação pra um fim comum:
“Blá blá blá amar te respeitar-te até que a morte nos separe” sem contar o tempo que você tem que ficar de pé com a mão estirada abençoando os noivos os dedos sempre formiga no final. Por isso que eu não vou me casar. Pelo menos não assim. Terminada toda a cerimônia, e as lagrimas de crocodilo das suas tias que devem ta é chorando porque não vão perder o prazer de dizer por ai que você nunca ia desencalhar e no caso teriam o destino parecido com o delas e provavelmente quando terminar o casamento vai acabar dizendo que seu noivo não era bom o bastante e a família dele é desequilibrada você vai para a “animada recepção” com todos aqueles quitutes maravilhosos que você não quer nem conta porque está de dieta, mas mesmo assim pensa que é uma pena, pois a única coisa gostosa que se tem a fazer em momentos como esse é comer ainda mais quando você percebe que o seu primo gatinho que você sempre acaba se agarrando pelos cantos (escondida da família), sua única distração, não veio ou pior veio e com a namorada.
De qualquer jeito você vai pra tal recepção afinal que escolha você tem? Não tem pra onde fugir mesmo. Lá nem dançar você pode porque pra essas festas o dj parece ter sido escolhido por sua bisavó e ter saído da escoria da humanidade. Após passar alguns minutos analisando sua patética situação você perde todas as esperanças ao perceber que o único gatinho solteiro da festa é gay e o pior está acompanhado do gatão. O restos dos convidados se resumem a crianças correndo pelo salão, casais e velhos e suas tias num canto como de costume falando mal da vida alheia. Como você não ta nem um pouco a fim de brincar de pega a pega com as crianças nem se juntar com suas tias, pois afinal você sabe que vai acabar sobrando pra você ou muito menos dar em cima do gay acompanhado você vai recorre ao telefone pra buscar suporte de alguma amiga e contar todo seu drama, mas infelizmente seu plano fale quando você se da conta de que é um sábado à noite e suas amigas tem coisa melhor a fazer e devem estar em situações muito melhores que você uma hora dessas. Quando parece que nada pode ficar pior vem à temida hora de jogar o buquê e seu pai sempre dando uma de engraçadinho após umas biritinhas grita em alto e bom som:
“Vai minha filha, vê se desencalha” acompanhado dos risinhos de suas tias e suas primas invejosas acompanhadas que costumam a dizer por ai que você é uma devassa só por você sempre ter sido solteira e feliz. Mas o bom é entrar na brincadeira você já ta na merda mesmo o que mais fazer? Brincar de pegar o buquê. Mas como o esperado nem o buquê você consegue pegar porque uma desconhecida com alguns muitos quilos a mais se joga na sua frente parecendo uma sapa desesperada e dá uma grande gargalhada:
“A peguei! Agora eu desencalho”.
A claro. Daí você pensa. Podia ser pior você poderia ser essa sapa.
Depois dessa cena deplorável, você já esta um lixo, só te resta um ultimo consolo, o garçom passa com uma bandeja de champagne você olha pra o copo e percebe que é recíproco, os dois se apaixonam. É você já tem sua companhia pro resto da noite. Mesmo sabendo das grandes chances de você ficar de porre e ser alvo dos cruéis comentários da família. Melhor correr o risco afinal você sempre foi a ovelha negra da família mesmo.