sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Cidade pacata... ...Habitantes animados!


" Seja bem vindo á Itapicuru "

E lá estava eu esperando o pior. Logo que eu cheguei foi aquela festa!

- Amiga não acredito que você está aqui!

É nem eu acreditava.

- Nossa você ta linda! Vem vamos aqui no meu quarto colocar suas coisas aqui! Vá logo tomar banho que á noite temos uma formatura pra ir! Sabe eu não fui convidada mas minha mãe foi e você sabe né que festa de interior a cidade toda comparece! Então vai logo que eu sei que você de mora de se arrumar.

Oww! Peraí muita informação em pouco tempo. Para a fita e rebobina. Aliás fita não que já tá ultrapassado. Bota o Dvd pra da o replay. Como assim formatura? Eu não tinha levado roupa formal ALÔÔ será que ninguém me respeita mais ao ponto de me avisar que eu precisaria de roupa formal? E como assim eu mal chego na cidade onde aparentemente não passa nem vento e já me aparece um programa pra fazer á noite. Já estava morrendo de tédio em Salvador porque não achava NADA pra fazer e olhe que é a capital e venho pra esse finzinho de mundo e já chegando me arrumando pra uma formatura! Era bom demais pra ser verdade.

- Não! Não precisa ser formal não pões qualquer roupa aí que ninguém vai notar! Heloooo! Agente não ta em Hollywood minha filha! Agente tá é bem longe disso aqui é ITAPICURUCITY!

Se a dona da casa tava dizendo quem sou eu pra discordar né?

Pus uma saia balonê curtinha uma blusinha branca é um saltinho básico. Tava de escova mesmo então nem me preocupei tanto com o cabelo. No mais maquiagem básica e vôalá estava pronta. Minha amiga tava com um vestido arrumadinho mais nada demais o que me confortava.

Combinamos antes de ir á festa dar uma passada na praça pra conhecer á galera e eu me enturmar. Cheiguei lá com aquela sensação que todo mundo tem quando chega em algum lugar desconhecido, aquela que você pensa que tá todo mundo te olhando como se você fosse um pedaço de carne nova no açougue e daquelas do tipo importada. Entre cochiços e olhares eu andava atravessando ponta a ponta a praça com desejo de enfiar a cara na areia que nem um avestruz. Enfiem a caminhada que parecia interminavel chegou ao fim e paramos em frente a um grupo de jovens num canto da praça.

É aquela coisa de sempre né?

-Galera essa é minha amiga

-Amiga essa é minha galera.

Á principio todos te analisam e você fica lá aparte até porque você não conhece e não faz idéia do que eles tão falando mas depois você vai se integrando.

Peguei uma parte da conversa onde diziam que a ultima amiga que a minha amiga havia trazido, tinha pegado geral e ficado com uma péssima fama, senti que esse comentário foi meio maldoso, tavam em duvida de se eu seria a nova galinha da cidade que veio cacarejar no interior.

Desde já coloquei minha cabeça no lugar " Seja forte, se controle nada de promiscuosidades"

Depois de alguma horas de fofocas aparte, onde eu escutava e não me manifestava. Porque nessas horas você tem que escutar mesmo pra se por em dia com os acontecimentos da cidade e principalmente pra saber o que deve-se ou não fazer pelas experiências alheias, decidiram descer pra formatura onde estariam respectivamente : a musica, os quitutes e a CACHAÇA.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Um reveillon Beeeeem Diferente!


A primeira etapa do meu começo de ano era planear minha virada de ano. Após de analisar varias propostas e convites optei em passar com minha amiga de infância (aquelas que praticamente nasceram com você) pois fazia 1.000 anos que não passava muito tempo com ela, pois ela sempre passava férias no interior dela ou seja como eu planeava BEM longe das pessoas de sempre.

Minha historia com ela é bem peculiar, nossas mães fizeram as mesmas faculdades, se casaram com homens de nomes iguais com irmãos de nomes iguais, engravidaram na mesma época consequentemente deram a luz na mesma época e nos tiveram na mesma época. Na infância sempre fomos muito ligadas mas desencontros da vida fizeram com que nos afastássemos mais. Porém o sentimento continua o mesmo pelo menos da minha parte.

Voltando ao quesito reveillon o combinado foi que a mãe dela passaria para me buscar pois ela estava de passagem em Salvador para fazer uma escova progressiva e levaria junto com ela 2 dias antes da grande virada de ano.

Dito e feito a cuja passou aqui em casa, tricotou um pouco com minha avó e colocamos o pé na estrada: eu, ela e o motorista.

O interior fica lá no fim do mundo da Bahia que eu nem sei explicar onde é. Viagem longa e cansativa. Pro motorista porque eu apaguei e dormi quase o percurso inteirinho. Entranho, não me sentia ansiosa nem nada, dormia como um bebê grande e gordo. Acordei já na porta de cidade que dizia : "Seja Bem Vindo a Itapicuru", não espero que ninguém conheça, me surpreenderia se alguém conhecesse. Um interior bem pequeno do tipo que se tem uma praça, um clube e um banco. A diversão do povo é ficar na porta tomando um sereno e jogando conversa fora ou então se arrumar e ira a igreja tardinha vê a missa, essas simplicidades que só se vê no interior, bem diferente de grandes cidades mesmo. Pensei comigo mesma: " Que porra eu to fazendo aqui. Já vi que me meti numa barca furada".

Aí que eu me enganava....

domingo, 5 de outubro de 2008

Começando bem! Será mesmo?



Em meus 16 anos de vida não consigo me lembrar de uma virada de ano que tenha sido marcante. Aqueles típicos reveillons de família. Reune a galera toda na casa de algum infeliz que faz todo o trabalho da comida, bebida e convidar os acomodados para bagunçar a casa e no dia seguinte acordar ressaquiado ainda com o trabalho de lavar a enorme pilha de louça suja e varrer a baderna e lixaria da casa. No meu caso era minha mãe a infeliz e eu de quebra pagava o pato pra variar. Ficavamos todos em frente a Tv assistindo a gontadem regressiva da Globo ao som da musica lendária (porque aquela musica ja é de lei loco não muda nunca hein) " Hoje é um novo dia de um novo tempo que começou"
Desejando no meu mais profundo e obscuro consciente está não vendo a queima de fogs e os megas shows pela TV e sim ao vivo rodeados dos artistas globais.
Mas não eu tinha que está rodeada de gente da 3 idade (tá bom nao era 3 idade, tavam na faixa dos 40 pra baixo) pra no final da noite ir pular 7 ondinhas na praia do lixo, porque loco vou te dizer nunca vi praia mais fedida que aquela e depois beber um copo de champagne pra nao dormir de bico seco.
Programinha de índio hein? Ops nem isso eu posso dizer pois seria muito preconceituoso da minha parte e eu aposto que os índios devem ter até um reveillon melhor que esse nas loucuras, gritarias e orgias loucas que eles fazem em volta da fogueira.
Mas eu estava decidida a no ano de 2008 começar o ano de uma forma muito mas muito mais agradavél que isso. Esse ano tudo ia ser diferente a começar pelo meu Reveillon.
Nada de programinhas chatos com os intelectualoides amigos da minha mãe e nem pensar em passar o reveillon com meu pai e sua família composta de tias velhas, encalhadas e fofoqueiras.
Apartir de agora o meu reveillon era meu e so meu, e eu decedia onde como e com quem iria passar. De preferência bem longe de gente que eu conheçia. Em 2008 eu quiz tudo novo, pessoaas novas. Brindar a um novo começo.

sábado, 4 de outubro de 2008

Bye bye 2008


Sabe aquelas noites que a insônia toma conta de você?
Que por mais que você vire e revire na cama num giro de 360 graus, nada do que você faça, nenhuma posição que você adote, nada, nadinha faz você pegar no sono?
Pois é! Foi em uma dessas noites que eu me peguei fazendo um flashback do meu ano. Me dei conta que o ano mais louco e confuso da minha vida está chegando ao fim.
Esse ano, QUE ANO diga-se de passagem, foi o ano de descobertas: corpo e alma.
Sinto que nunca me conheci tanto e ao mesmo tempo tivesse tanto a conhecer.
Neste ano eu tentei conquistar o mundo em 360 dias. Sentir todos os sabores, prazeres, dores, alegrias enfim tudo que o mundo podia me propocionar.
Tratei a vida como se fosse minha seiva bruta de onde tinha que sugar todo nutriente possivel.
Esse foi meu ano de inconsequências, intolerâncias de extrapolar todos os limites.
Viver cada dia como se fosse o ultimo.
Num piscar de olhos ele passou e ja deixou saudades.
Ta afim de dividi-lo comigo?
Aliás você não tem escolha mesmo.